Como nunca tinha tido um cão, nunca tinha pensado num nome para "baptizar" um animal e para fugir aos nomes básicos e tradicionais lembrei-me do nome de uma música dos Nirvana, ou não fosse esta uma das minhas bandas de música da adolescência. E assim foi, após conversa com o meu irmão resolvemos charmar-lhe Polly.
Para sempre vou guardar na minha memória aquilo que a caracterizava e que nos fez gostar dela ao longo de muitos anos. Era uma cadela esperta, com um faro apuradíssimo com um fixação por ratos e gatos, ciumenta (gostava muito pouco de partilhar o seu espaço e donos com outros cães), gulosa, medricas (tinha medo dos trovões) companheira e friorenta pois adorava tapar-se sozinha com os cobertores (parecia mesmo um sem-abrigo).
Os cães têm esta capacidade agri-doce, tanto nos lembramos deles com saudade por serem os nossos melhores amigos e pela companhia que nos faziam, como também nos lembramos dos momentos menos bons como as coisas que estragam, os presentes que nos deixam pela casa fora quando são pequenos e pelas doenças que invariavelmente acabam por os levar de ao pé de nós.
Um dia que os nossos filhos nos peçam um cão como animal de estimação eu e Ana vamos lembrar-nos que já tivemos cães a Polly e o Tootsie e que nos custou muito ficar sem eles.
Enquanto não tivermos uma vivenda temos sempre a desculpa da praxe...
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